Minha filha passou a usar drogas quando foi morar no exterior, em um programa de intercâmbio. Não culpo o programa. Meus outros filhos foram morar fora e isso só fez bem a formação deles.
Uma manhã recebi uma ligação de sua “família” na Alemanha dizendo que ela estava usando maconha quase que diariamente, pelo que puderam saber por seu filho verdadeiro. Ela havia começado a usar essa droga com um namorado da cidade. Não sabíamos que aqui no Brasil ela já havia experimentado.
Após uma reunião de família determinamos sua volta imediata e aqui, por recomendação do Laboratório Exame, de Brasília, realizamos este exame toxicológico, que mostrou consumo de maconha moderado, após uma espera angustiante. Recebi a notícia com alívio e passei a tratá-la não como uma usuária de drogas mas sim como alguém que cometeu um deslize que graças a sua família no exterior foi prontamente identificado.
Ela diz que foi uma invasão de privacidade e talvez tenha razão. Mas não quero arriscar. Prefiro ser acusado de ser um pai invasivo a ser um pai relapso com droga. Não pretendo usar mais este teste a não ser que hajam fatos novos. Acho que temos que mostrar que temos confiança em sua palavra. Sorte a todos.